[...]
Eu olhava tudo ao meu redor como se fosse uma
personagem secundária do cenário que se desenvolvia à minha frente enquanto os
homens trabalhavam ao redor erguendo o corpo ensanguentado do Greg.
Zac estava ao meu lado observando tudo ao redor, junto
com a mulher que eu sempre imaginei ser minha verdadeira mãe, que ainda chorava
olhando a casa que em que ela sempre viveu se tornar num matadouro. Desviei
meus olhos de toda a cena focando minha atenção nos meus pensamentos confusos.
Minha cabeça estava baralhada demais para pensar
claramente, todas as minhas emoções estavam lutando umas contra as outras para
obter um pouco da minha atenção
A traição queimava dentro de mim enquanto as palavras
de Greg faziam o seu caminho em direcção ao meu coração. Toda a minha raiva estava
sendo alimentada pelas suas palavras venenosas, mas uma coisa que eu aprendi
foi a controlar a minha raiva por tudo e canaliza-la de outra forma.
Sentimentos não nos deixam pensar com clareza. E neste
momento eu preciso de me manter com os pés no chão e focada no meu objetivo,
que era saber quem eu era na verdade.
Mesmo com toda essa sensação de traição eu me sentia
levemente agradecida à mulher que me salvou de morrer, que fez tudo por mim me
dando amor e proteção. Se não tivesse sido por ela eu teria morrido no meio de
um monte de lixo onde a minha verdadeira mãe havia me deixado quando nasci.
Passei a mão pelo meu cabelo tentando me focar
novamente no ambienta em que estava e olhei para o homem que sempre vi como um
pai, sim porque houve uma época que eu o via como pai, mesmo ele não me dando
toda a atenção que uma criança necessitava. Na minha cabeça de criança eu
culpava o trabalho dele por tirar meu pai de casa por tanto tempo. Mas agora,
sabendo das coisas que eu sabia eu podia entender o porquê dele me ignorar
quando estava ao redor.
Mas havia um monte de perguntas que eu tinha e que com
certeza nunca serão respondidas. O homem que estava amarrado á parede estava
quase morto, sua respiração estava cada vez mais complicada e eu podia ver
através da sua pele que a queda que ele deu contra a mesinha de vidro havia
quebrado uma ou duas costelas. Eu queria sentir alguma pena dele, mas a única
coisa que eu conseguia sentir era nojo e aquele desejo amargo de vingança.
-Vanessa? – A voz baixa e doce da minha mãe fez com
que eu desviasse a atenção do corpo pendurado na direção dela. – Eu sei que
essa não é das melhores alturas para falar, mas por favor minha filha você não
pode acreditar no que aquele homem louco falou.
-Você está me dizendo que você a minha mãe e que ele é
o meu pai verdadeiro? Que ele mentiu sobre isso? – Perguntei me levantando
ficando frente a frente com ela. Seus olhos estavam húmidos pelas lágrimas
derramadas e pelas que ela iria derramar a qualquer momento.
-Há uma explicação para isso Vanessa. Eu posso me
explicar eu juro só não fique com raiva de mim eu te peço você foi tudo o que
eu vi e protegi desde do momento em que achei você. Só me deixe explicar.
Dei um leve sorriso em sua direção a fazendo soluçar e
se jogar em meus braços. Eu não esperava que ela fizesse isso mas eu estava
disposta em ouvi-la. Eu precisava de saber toda a verdade.
Puxei todo o ar para dentro dos meus pulmões enquanto
envolvia seu corpo tremulo em meus braços. Seu cheiro doce e maternal estava
misturado com o odor odioso de sexo e suor. Essa combinação de odores estava me
deixando enojada e eu realmente não queria sentir nojo da pessoa que fez tudo
por mim desde do momento em que me encontrou.
-Mãe eu vou pedir para que um dos seguranças de Zac te
leve até onde a gente mora. Stralla ou Ashley irão instalar você para que possa
tomar um banho e descansar um pouco antes de eu chegar. – Sussurrei em seu
ouvido passando a mão em suas costas tentando conforta-la o máximo que eu
conseguia.
Ela assistiu repetidas vezes com a cabeça e sem
afasta-la cutuquei o ombro do Zac com a ponta da arma que ainda estava em
minhas mãos, eu teria de a travar antes que acertasse em alguém. Assim que os
meus olhos se focaram nos dele um pequeno sorriso se abriu em seus lábios me
fazendo sorrir também.
-Diz amor!
Eu afastei a minha mãe dos meus braços a fazendo
sentar num dos sofás que estava alinhado à janela e me aproximei dele me
enroscando em seu peito, sentindo o cheiro másculo e reconfortante dele. O
cheiro dele se fundiu em meus pulmões pouco a pouco, fazendo o cheiro do sexo
que vinha da minha mãe desaparecer.
-Peça para que Steve leve minha mãe e minha tia até à
mansão? Elas precisam de um banho e descansar.
Ele passou os braços ao meu redor me apertando em meus
braços e com uma das mãos puxou meu rosto para cima para poder olhar em meu
rosto. Seus olhos procuravam algo dentro dos meus, mas acho que ele não
encontrou nada além de confusão e raiva.
-Você mesma pode levar sua mãe até nossa casa. Eu irei
acabar com esse assunto. Converse com sua mãe e tia. E depois vá ter comigo ao
meu quarto sei que vai precisar de mim mais tarde.
Assisti com a cabeça beijando levemente seu queixo e
depois a sua boca. Ele deu um pequeno sorriso em minha direção e colou sua boca
na minha de leve novamente me fazendo suspirar.
-Obrigado amor.
[...]
Eu olhava a minha tia e minha mãe enquanto esperava
para que elas começassem a contar a real versão da minha história. Toda essa
esperar estava começando a me irritar profundamente e eu precisava urgentemente
de respostas.
Stralla e Ashley estavam sentadas ao meu lado como eu
havia pedido enquanto ambas tiravam o cheiro nojento que os homens que estavam
com elas deixaram em suas peles. Elas não haviam entendido muito bem o porquê
daquele meu pedido mas depois de eu ter contado o que eu havia descoberto,
ambas se prontificaram a ficar do meu lado durante a conversa com a minha
suposta família.
Dei um suspiro chamando a atenção das mulheres que me
criaram. Ambas estavam de mãos dadas e com lágrimas nos olhos, mostrando o quão
assustadas elas estavam com tudo o que estava a acontecer. Eu queria poder
deixar toda essa história de lado depois de uma noite como essa, mas a
curiosidade estava me corroendo e além disso queria resolver todo esse assunto de
uma só vez.
-Não precisam de ter medo. – Disse chamando mais uma
vez a atenção de ambas para mim. - Stralla é a mãe do Zac e Ashley é a irmã
mais nova de Zac, ambas moram aqui com ele. Assim como o resto da família dele.
– Expliquei apontando para ambas as mulheres loiras que continuavam caladas. –
Elas me acolheram quando eu fugi de casa á um mês atrás. Zac me encontrou
deitada na frente do portão principal da mansão. Depois disso aqui fiquei como
podem ver.
-Zac é o moço que você beijou antes de sair do bairro?
– Minha tia perguntou dando um pequeno sorriso doce na minha direção sem
realmente olhar para mim.
-Zac e Vanessa são um casal. Pelo menos nós estamos
torcendo para isso. Estão juntos desde que ela colocou seus olhos nele.
Olhei na direção de Stralla que tinha um sorriso
conspiratório em seus lábios enquanto Ashley, que estava do meu outro lado, riu
da observação que a mãe fez. Revirei os olhos para o comentário das duas
mulheres que eu já considerava como família e voltei novamente a minha atenção
para as mulheres que nos observavam com atenção.
-Enfim como eu estava dizendo. Elas estão aqui a meu
pedido. Confio nelas com a minha vida, por isso podem contar qualquer coisa
elas são de confiança.
Minha mãe assistiu com a cabeça largando a mão da
minha tia ficando completamente de frente para mim. Alguns dos meus traços
estavam ali, os olhos e a cor do cabelo, mas o resto era completamente
diferente.
Como eu nunca tinha reparado nisso? Quer dizer eu acho
que algum dia da minha vida eu me perguntei sobre isso, mas sempre achei que saísse
a algum parente mais afastado.
Olhei para a minha tia que olhava as suas mãos com
atenção evitando olhar para nós. Ergui uma sobrancelha em direção à minha mãe
estranhando a atitude da sua irmã mais nova. Ela suspirou passando a mão pelos
cabelos curtos.
-As coisas que Greg te contou essa noite não são
completamente verdade. – Ela começou voltando a olhar em meus olhos onde
pequenas lágrimas brilhavam. Minha garganta se apertou por causa das lágrimas
não derramadas que eu estava contendo. – É verdade que eu não sou sua mãe. Mas
você é da família. Sua mãe é ...
-Você é minha filha Vanessa. – A voz da minha tia fez
com que meus olhos batessem nos dela em choque. – Foi eu que te coloquei dentro
de um cesto ao lado da lixeira perto da casa de Gina e Greg.
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Olá meninas!!!
Aqui está mais um capitulo para todas vocês! Espero que todas voces tenham gostado. Comentem bastante sim?
Beijos e até mais!
OI?!como assim a tia da Vanessa é a mãe dela?????
ResponderEliminarpor que ela abandonou a V?!
agora sim fiquei mega curiosa apara saber o que aconteceu
amei o capítulo ♥♥♥
posta mais e logo,kisses
Opaaa para o mundo que eu quero decer
ResponderEliminarComo assim a Gina não e mãe da Vanessa e sim a tia que ė mãe da Vanessa .....então quer dizer que a tia não ė mais tia e sim a mãe dela.....AFF fiquei confusa kkk posta logo, mega curiosa
Xoxo
EITA EITA EITA EITA EITA EITAAAAA!!! UM MINUTO PARA EU RESPIRAR. Menina, o que é isso????? A Vanessa é filha da tia dela? E quem é o pai? Aí JESUS, não demora, Dya!!!
ResponderEliminarXx
Eu tô é morta com esse capítulo.
ResponderEliminarEntão a mãe da Vanessa na verdade é a tia dela?Chocada o.O
O capítulo ficou incrível.
Estou louca para saber um pouco mais sobre essa história.
Ansiosa pelo próximo capítulo.
Posta loguinho
Bjos